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Arqueologia
Dolmén de Areita (Paredes da Beira)
Os trabalhos de intervenção arqueológica decorridos entre 1996 e 1998, proporcionaram uma panóplia de materiais que se encontram em exposição no Museu Eduardo Tavares. O Dólmen de Areita faz parte de uma necrópole originalmente constituída por cinco monumentos megalíticos.
Dólmen de Areita é composto por uma câmara poligonal de sete esteios e corredor médio; com base nos artefactos encontrados, pelas suas características e pelas datações realizadas, podemos situá-lo cronologicamente nos finais do IV º milénio a.c.
Os materiais encontrados nestes monumentos reflectem não só o modo de vida das comunidades que constroem estes sepulcros (machados, enxós, goivas, pontas de setas, facas e contas de colar, vasos cerâmicos), como também demonstram fortes crenças religiosas (ídolos, objectos votivos).
Nos esteios 4 e 7 da câmara foram identificados diversos motivos gravados, destacando-se o motivo existente na laje central. Com base nas datações realizadas aos vestígios osteológicos encontrados neste monumento, foi identificada a presença de um número mínimo de seis indivíduos.
Pinturas Rupestres da Fraga D'aia
Intervencionado na década de 80, o abrigo com pinturas rupestres da Fraga D’Aia localiza-se a sudoeste da freguesia de Paredes da Beira, na margem direita do rio Távora. Conhecido por “Penedo dos Macacos”, este abrigo foi ocupado durante um período de tempo relativamente pouco longo e onde se realizaram pinturas em tons de vermelho, com uma provável conotação religiosa. Abrigo com cerca de 7 m de comprimento e 3 m de largura, com parede em cuja superfície foram executadas pinturas a vermelho, e plataforma com enchimento e vestígios de ocupação Pré-histórica.
Cronologicamente datável dos inícios do IV milénio a.c., teve inicialmente uma ocupação esporádica, mas com maior incidência ocupacional nos finais do IV milénio a.c., quando se executa a primeira representação do painel – cena de caça a um cervídeo – para posteriormente se assistir á execução do restante painel, onde se representam motivos antropomorfos (seres humanos) e zoomorfos (animais). O material cerâmico recolhido é manual, na sua maioria liso e de cor alaranjado, sendo alguns recipientes decorados; o material lítico é em pedra lascada e polida, destacando-se elementos de moinhos manual, lascas, uma enxó e um pequeno machado, que se encontram em exposição no Museu Eduardo Tavares.