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S. João da Pesqueira
A vila de S. JOÃO DA PESQUEIRA encontra-se no coração da primeira região vinícola demarcada do mundo, a Região Demarcada do Douro, onde nasce o famoso Vinho do Porto e vinhos de mesa de prestígio incomparável.
Este povoamento remonta a tempos ancestrais, prova disso são os inúmeros vestígios arqueológicos, palácios brasonados, igrejas seculares abonadas em história e cultura que testemunham diferences épocas da humanidade. Para além do património edificado, S. João da Pesqueira orgulha-se de possuir belíssimas paisagens com vinhedos como marca dominante, as amendoeiras em flor como um espetáculo de Inverno e o rio Douro como raiz e identidade.
S. João da Pesqueira, detém o Foral mais antigo de que há memória, atribuído pelo rei Fernando Magno, nas datas de 1055 e 1065 constando já o vinho entre os tributos a pagar ao rei.
Todas estas singularidades, ficam marcadas e reconhecidas em 2001 com a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial, sendo S. João da Pesqueira o concelho que maior área classificada detém cerca de 20%.
Praça da República
Em pleno Centro Histórico de S. João da Pesqueira, encontra-se a Praça da República, onde pode contemplar um harmonioso conjunto de património histórico e monumental recuperado a nível de fachadas e pavimento. Destaca-se aqui a Capela da Misericórdia com uma fachada barroca revestida com dois painéis de azulejos representando “Cristo e a Samaritana” e “Cristo curando um enfermo”.
Este monumento foi privativo da família ilustre de D. Luís Alvares de Távora, senhor da vila, que a ofertou mais tarde à misericórdia local.
Outros dos atrativos são também o Arco, a Torre do Relógio e a Arcada do século XVIII que serviu de mercado noutros tempos.
Do lado oposto à capela encontra-se o Museu Eduardo Tavares. Este edifício apresenta uma fachada barroca que ostenta a pedra de armas real que foi mandada edificar por D. Maria I, em 1794. Ali estabeleceram-se diferentes serviços de caracter público. Inicialmente, funcionou como sede de poder municipal, a seguir, foi instalada a cadeia da comarca, após a transferência da câmara municipal para um edifício na Avenida Marquês de Soveral. Em 2001 um projecto de restauro iniciou obras, onde em 2003 abriu portas ao público com 2 exposições, uma referente ao espólio arqueológico do concelho e uma outra suporta materiais de escultura e pintura do doado por Eduardo Tavares. Atualmente, a sala que detinha funções na área do turismo foi substituída pela associação Capital Douro.
Rua dos Gatos
Nas traseiras da Praça da República subsiste um conjunto habitacional outrora pertencente à comunidade Judaica e Cristã-Nova composta maioritariamente por casas de xisto. Atualmente chamada de Rua dos Gatos um estreito e acanhado arruamento, invoca as irregularidades das urbes medievais, constituindo assim um importante testemunho na história de S. João da Pesqueira.
Edifício dos Paços do Concelho
No lado oposto à igreja matriz encontra-se o Edifício dos Paços do Concelho, de construção erudita tipo apalaçada. Este possui uma planta retangular simples com destaque para a cornija sobrepujada pela pedra de armas, molduras de granito e secada com varanda de ferro, o que lhe dá um ar nobre. O Átrio merece especial atenção, pois contém belíssimos painéis de azulejos alusivos à etnografia da vinha e do vinho.
Museu do Vinho
O Museu do Vinho de S. João da Pesqueira, cuja temática se foca no vinho e na vinha, dá ênfase aos produtos e actividades da região do Douro.
A sua implantação neste concelho, e na vila de S. João da Pesqueira, é resultado da sua centralidade na Região Demarcada e do seu forte contributo na produção do vinho, sendo o maior produtor da região e detentor da maior área classificada como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.
Este majestoso Museu, além de uma exposição permanente ligada à temática do vinho, contempla uma sala de provas, uma loja de vinhos, um wine-bar e outros espaços expositivos e culturais, dando cumprimento ao desígnio do “museu de território”, sendo por esse motivo um nó da rede que está a ser tecida pelo Museu do Douro.
Casa do Cabo
A casa do Cabo é um pequeno palacete de Brasão Joanino, pós Pombalino que constitui um dos exemplos do património construído mais belo da região. Delineado por Nicolau Nasoni, este solar pertenceu à família mais ilustre da época – a família Sande e Castro – que era detentora de várias quintas no Douro. Com a chegada da filoxera, várias casas senhoriais foram abandonadas tal como a Casa do Cabo, ficando anos mais tarde a funcionar como o tribunal. Atualmente é pertença da Câmara Municipal deste concelho.
Senhora do Rosário
Capela edificada em 1574 para culto à Senhora do Rosário.
No espaço interior destaca-se um altar com várias figuras litúrgicas. Tem um pequeno adro rodeado por aciprestes onde se celebra romaria na segunda-feira de Páscoa.
Palácio de Cidrô
A Quinta de Cidrô (ou Sidrô) situa-se em S. João da Pesqueira, a cerca de 8km do rio Douro. De acordo com as informações recolhidas, as primeiras vinhas foram plantadas no século XIX, aquando a construção de um belíssimo edifício apalaçado que pertenceu ao Sr. Luís de Soveral Vassalo e Sousa, avô de Luís Maria Pinto de Soveral, primeiro Marquês de Soveral onde nasceu em 1851. Foi aqui que o rei D. Manuel II e certamente seu pai D. Carlos, convidados de honra do prestigiado Marquês, passeavam nesta quinta na época das vindimas com sua comitiva real. As recepções aparatosas e os bailes de gala realizavam-se na Casa do Cabo. A Real Companhia Velha, em 1972, comprou esta afamada quinta, onde conduziu um vasto programa de reconversão, incluindo o interior da casa e os próprios vinhedos através de uma nova plantação vertical aplicado em grande escala.