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Pereiros
Localização
A Freguesia de Pereiros situa-se a 13km a sudoeste da sede de concelho. A 70km de Lamego, sua diocese e a 87km de Viseu, sendo este seu distrito.
Com a nova reorganização administrativa do território, Pereiros neste momento pertence à freguesia de Vilarouco.
História
A origem de Pereiros encontra-se na base do monte da Senhora do Viso, onde ainda são visíveis as ruínas de algumas casas e de uma igreja, da qual existe a pia baptismal e a imagem de Nossa Senhora dos Prazeres, pertencentes ao lugar de Covas (a nordeste) e que actualmente se encontram na Igreja Paroquial de Pereiros.
Entre Covas e Pereiros existe a Agorrêta, que foi um pequeno aglomerado de casas, actualmente identificadas pela ruína, onde se pode apreciar uma pequena cruz feita de seixo, inscrita numa das paredes. Segundo o testemunho dos seus últimos habitantes, a cruz era um sinal que lhes incutia a ideia da presença de Deus.
A comprovar a antiguidade de Pereiros, basta dizer que participou no aforamento concedido à sua sede de concelho, entre 1055 e 1064 e seguintes por Fernando Magno de Leão, rei que libertou esta região dos Mouros.
A Paróquia de S. Salvador do Mundo de Pereiros foi criada no século XV, ficando independente de Vilarouco e anexa a S. João da Pesqueira, cujas abadias apresentavam em “solidum” os curas da aldeia.
A igreja de S. Salvador aparece já apresentada no cabido lamecense na primeira metade do séc. XVI.
Pereiros, ao contrário de muitas outras paróquias, tinha dízimo próprio e renda anual de 75 mil reis, pagando desta quantia, o terço ao cabido de Lamego.
A tradição mantém a tese de que a mudança dos habitantes da quinta de Covas e do lugar da Agorrêta, para a então freguesia de Pereiros, deveu-se a uma praga de lagartas que invadiu e destruí as culturas, acompanhadas por formigas que invadiam as casas, matando e comendo crianças de berço. Outro motivo que justifica esta mudança é a abundância de água potável e fertilidade dos terrenos da margem direita do rio Torto.
Supõe-se que neste local tenham existido alguns pereiros afamados (arvores de fruto) e daí o actual nome de Pereiros.
Património
A Igreja de Pereiros foi construída nos finais do sec. XVII e inícios do sec. XVIII, que constitui o magnifico templo com grande valor artístico e histórico.
O altar-mor de talha dourada barroca e o trono de beleza singular, sobrepujado por Cristo Ressuscitado, encontra-se em óptimo estado de conservação.
O sacrário é símbolo de significativo valor artístico, decorando a porta um Ecce Homo (flagelado e vestido de túnica), e as imagens do padroeiro (S. Salvador do Mundo) e Sr.ª dos Prazeres (muito antiga e de valor incalculável).
Capelas
A Capela de Santo António possui interiores de talha dourada, colunas estriadas e um enigmático Tríptico. O seu tecto é revestido com caixotões com interessantes representações hagiológicas. A capela é particular do solar da ilustre família Pita Negrão.
As capelas de Santa Eufemia, Senhora da Cabeça e Santa Luzia, completam o roteiro patrimonial religioso pereirense.
Padroeiro
S. Salvador do Mundo, padroeiro de Pereiros é festejado no dia 6 de Agosto. Faz-se, ainda, a festa dedicada a Santa Luzia, no dia 13 de Dezembro onde se pode apreciar a famosa jeropiga.
Gastronomia
O prato típico desta freguesia é o cabrito assado no forno a lenha com batatas assadas. O cozido à portuguesa com as deliciosas carnes caseiras, a bola de carne, as alheiras, as moiras de sangue e outros enchidos também são muito apreciados.
Da doçaria tradicional destacam-se os biscoitos, as filhós, o arroz doce e o pudim caseiro.